segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Conheça 7 projetos sociais inovadores de alunos da América Latina

Soluções inovadoras e que promovem melhorias em suas comunidades. Esse foi o grande objetivo dos mais de 4 mil projetos de toda a América Latina inscritos no programa Respostas para o Amanhã 2019, da Samsung. Ao todo, sete projetos de diferentes países foram reconhecidos como vencedores durante uma cerimônia de premiação realizada na sede da Samsung América Latina, em São Paulo.
Os alunos do ensino fundamental e médio de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Panamá, Peru, Paraguai e Uruguai, assim como seus professores, puderam expor seus projetos e interagir com os executivos da empresa durante o evento.

Criado em 2010, o programa foi implementado na América Latina em 2014 e já impactou mais de 200 mil estudantes latino-americanos. De acordo com Mario Laffitte, Vice-Presidente para Assuntos Corporativos e CRO da Samsung América Latina, a inovação presente nos projetos é o que inspira a empresa a continuar com o programa. “Sabemos que a educação para as futuras gerações é a base de tudo. Ao oferecer soluções para necessidades reais por meio da tecnologia, esses jovens dão mais um passo para se tornarem líderes pioneiros em mudanças sociais significativas”, ressalta.

Conheça os projetos:

1. Isi ta matche - A verdadeira energia (Argentina)

Em Salta (Argentina), existe um projeto de educação bilíngue para manter a língua Wichi e preservar a cultura original, mas carece de infraestrutura e energia; portanto, as aulas acabam ocorrendo ao ar livre, uma vez que estão longe da distribuição de eletricidade. Dessa forma, os alunos optaram por usar um gerador que aproveitaria duas das fontes mais abundantes na área, eólica e solar. A ideia consiste em um extrator industrial que tem a vantagem de girar com uma fração do vento que um gerador convencional precisa, contando também com um painel solar que reforça o acúmulo de energia nas baterias, que alimentam as lâmpadas LED.
2. Desenvolvimento de biofilme a partir de folhas de goiaba para várias aplicações (Brasil)
Desenvolvido por alunos do terceiro ano da escola EEMTI Marconi Coelho Reis, em Cascavel, Ceará, o projeto consiste em uma matriz polimérica biodegradável a partir de folhas de goiaba (Psidium), que pode ser usada em curativos para vítimas de queimaduras ou pessoas com lesões cutâneas.

3. Sistema de Monitoramento da Qualidade da Água do Lago (Chile)

Os estudantes chilenos de Los Ríos, região sul do Chile, estavam preocupados com a preservação dos recursos hídricos naturais locais. A equipe construiu um monitor flutuante que usa GPRS para fornecer temperatura da água, pH e condutividade elétrica, entre outros dados de qualidade em tempo real para telefones celulares. O dispositivo inclui painéis fotovoltaicos e baterias para permanecer autônomo e fornecer relatórios contínuos aos habitantes do entorno.
4. “Democilador” (Colômbia)
Essa iniciativa busca preservar e conservar a balsa branca, uma árvore nativa em risco de extinção, que beneficia a flora e a fauna da região, por meio de um mecanismo sustentável de extração de mucilagem, um insumo natural para a limpeza do suco de cana. Dessa forma, a equipe busca promover a sustentabilidade da indústria da cana por meio de técnicas ecológicas.

5. CARR. B: sistema automatizado de lombadas de baixo custo (México)

Desenvolvido por alunos da C.E.C. e T. No.3 “Estanislao Ramírez Ruiz”, o projeto consiste em um dispositivo no qual é possível realizar a mistura do pavimento, além de realizar a sua aplicação para cobrir apenas os espaços onde tenham buracos, evitando gastos desnecessários. O projeto oferece vantagens de baixo custo de produção, é menor que as máquinas para mistura de pavimentos e possui maior funcionalidade, pois diminui o tempo e o custo de manutenção.

6. Um doce propósito (Panamá)

O projeto consiste na criação de um sistema que permite a conservação das abelhas em áreas seguras, para evitar que elas sejam extintas. Os estudantes, com a orientação de professores de matemática, física, apicultura e botânica, projetaram e criaram um sistema de três componentes: um robô autônomo chamado "Clicker"; um braço chamado "Veronica" e uma colmeia, operada pelo "Clicker". Assim, o projeto visa incorporar um sistema que forneça alimento para as abelhas durante todos os meses do ano. Por meio de um sistema de colmeia com tampa removível, um braço robótico derramará um xarope como um complemento alimentar para as abelhas durante o inverno, período em que há pouca abundância de pólen.
O processo incluiu a criação de um canteiro de plantas de mel para reflorestar áreas do campus, bem como um dia de conscientização sobre a importância das abelhas. Eles organizaram passeios para apresentar as plantas que beneficiam as abelhas e ofereceram mudas de planta, para que os visitantes em suas casas.

7. Bengala Eletrônica: Tecnologia Assistiva para Cegos (Peru)

O projeto desenvolvido por estudantes da “Juan Pablo Vizcardo” e da Escola “Guzmán Zea”, localizada em La Victoria, distrito de Chiclayo, Lambayeque, propõe a criação de uma bengala eletrônica para cegos, que, usando sensores ultrassônicos e vibradores de celular, pode alertar o usuário para um obstáculo próximo, prevenindo acidentes e proporcionando segurança e autonomia à pessoa que o utiliza.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Os passos para superar a insegurança e implantar a cultura da inovação

Inovação: essa é a palavra da vez, que tem norteado ações, projetos e iniciativas de empresas em todo o Brasil. Afinal, em mercados cada vez mais tecnológicos e competitivos, ela deixou de ser um luxo para se tornar uma necessidade para os empresários e empreendedores e, até mesmo, um fator decisivo para a própria sobrevivência dos negócios.
Um estudo da empresa Accenture realizado em 2018 com 148 executivos da América Latina mostrou que, para 60% deles, seus negócios podem desaparecer se não forem feitos investimentos em novas tecnologias e inovação. Já a Confederação Nacional da Indústria apontou que, para 31% dos empresários, o grau de inovação da indústria deverá ser alto ou muito alto nos próximos cinco anos, especialmente por necessidade.
Em meio a essa necessidade, as companhias enfrentam um cenário de crescente instabilidade, decorrente de fatores políticos e econômicos que impedem a retomada do crescimento e a realização de novos investimentos estrangeiros. Com pouco espaço para erros, a pressão por resultados e a necessidade de implantar a cultura da inovação, como fica o executivo nesse processo?
Neste momento crucial, muitos executivos passam a se sentir inseguros. Eles sabem da importância dos projetos inovadores, mas também entendem que há riscos, especialmente com grandes quantias financeiras envolvidas no processo. Mas, com alguns cuidados essenciais, é possível se proteger dessas dificuldades e investir com segurança.
Primeiramente, ele precisa estar bem assessorado e preparado para conseguir colocar em prática o que planeja. O executivo deve envolver uma equipe capaz de se engajar no projeto e de buscar um objetivo comum além de conquistar o respaldo da diretoria.
Com uma equipe alinhada, é preciso estabelecer prazos e metas para que a gestão de projetos aconteça de maneira ágil e eficiente. Nesse sentido, é essencial realizar uma gestão de projetos com controle de metas, reports e acompanhamento dos trabalhos realizados. É isso que impedirá os desvios de rumo nos objetivos iniciais.
E, claro, contar com as ferramentas e tecnologias certas para impulsionar o negócio de maneira ágil também possibilita reduzir as incertezas e validar uma determinada solução. Para isso, pode ser muito válido contar com produtos e serviços complementares de parceiros que detêm a experiência para suportar a execução deste desafio, afinal isso implica em pessoas e mudanças.
Afinal, hoje a economia é feita de forma colaborativa. Nenhuma empresa consegue evoluir sozinha. Por falar evolução não há como não tratá-la como um projeto. Modelos como os de startups são fonte de referência para produzir de maneira ágil possibilitando ajustes necessários ao longo do trajeto de modo a assegurar o cumprimento dos objetivos, alavancando mudanças. A dinâmica do mercado atual é constante, então não dá para ficar travado pelo medo de errar ou perder muito tempo com longos e exaustivos planejamentos. 
É possível mudar com segurança? Sem dúvida! Com bons parceiros é possível neutralizar as incertezas e ter mais propriedade para decidir por reagir optando em investir em inovação e alcançando resultados efetivos. 
Por Francisco Ferreira, CEO da Gateware, empresa especializada em gestão de projetos, produção de softwares e alocação de profissionais na área de tecnologia

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Startup russa investe em entregas de 90 minutos no Brasil

A Dostavista, que adotou o nome Click Entregas por aqui, anunciou um investimento série B de 15 milhões de dólares

O mercado de entregas é um dos mais aquecidos do Brasil, país no qual se gasta o equivalente a 12,7% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em logística. Enquanto gigantes investem na melhora de sua logísticastartups do ramo começam a amadurecer — algumas delas já valem mais de um bilhão de dólares. Passamos recentemente a dar mais um passo nessa competição: a entrada de concorrentes internacionais.
O grupo russo Dostavista começou a operar em terras brasileiras em 2017, sob o nome Click Entregas. Agora, uma captação de recursos ampliará sua presença por aqui. A empresa recebeu um aporte série B de 15 milhões de dólares do fundo Vostok New Ventures, também investidor das startups BlaBlaCar e Delivery Hero. O Dostavista recebeu ao todo 20 milhões de dólares em investimentos.

“Uber para entregadores” no Brasil

O russo Mike Alexandrovski, cofundador do Dostavista, afirma que a empresa surgiu há sete anos com a ideia de se tornar uma espécie de “Uber para entregadores”.
Por meio de um aplicativo, clientes pedem entregas de produtos e são conectados aos entregadores mais próximos e disponíveis. O modelo de viabilização pelos próprios usuários, conhecido como crowdsourcing, promete reduzir o tempo de entrega. O grupo tem 400 funcionários, 70 deles engenheiros com a função de otimizar a melhor rota para delivery e melhorar a conexão entre cliente e entregador. 
O novo aporte de 15 milhões de dólares será usado para novas contratações em tecnologia, melhorando o algoritmo de trajetos e de matchmaking, e em diretores regionais de produto que adaptem o Dostavista para cada país e expandam a empresa.
O Dostavista começou sua estratégia de expansão global em 2016 e está presente em 11 países atualmente. A maioria é composta de economias emergentes, como a própria Rússia. Brasil, Índia, Indonésia, México e Turquia estão na lista. Globalmente, tem um milhão entregadores cadastrados para lidar com 200 mil clientes.
Por aqui, a Dostavista adotou o nome Click Entregas. Começou a fazer testes em 2017, mas apenas no ano seguinte realizou as primeiras entregas.
“Vimos como o comércio eletrônico, que concentra a maioria dos nossos clientes, cresceu no Brasil. Olhamos não para dimensão geográfica quando vamos expandir, mas para a demanda da população por entregas rápidas”, afirmou Alexandrovski a EXAME.
Os fundadores do Dostavista, com Mike Alexandrovski no centro Os fundadores do Dostavista, com Mike Alexandrovski no centro
Os fundadores do Dostavista, com Mike Alexandrovski no centro (Dostavista/Divulgação)
Hoje, a Click Entregas tem cinco mil clientes pessoa física ou jurídica nacionalmente, desde players de autopeças e comércio eletrônico até gráficas e odontologia. Cerca de 86% das solicitações são para entregas urgentes. Dessas, 90% são feitas em até 90 minutos. Mil entregas são feitas diariamente pela Click Entregas. 
Além da velocidade, a empresa afirma que alguns de seus diferenciais são o agendamento completamente online e o seguro das encomendas, que pede como pagamento 1% do valor da carga. O seguro está disponível apenas no Brasil e no México e representou uma adaptação da Dostavista ao mercado local.

Concorrência nas entregas

A Click Entregas enfrenta um mercado cheio de concorrência. A mais notável é a Loggi, startup que também atua com logística para comércios eletrônicos e foi recentemente avaliada como unicórnio (valor de mercado de um bilhão de dólares ou mais).
A Click Entregas aposta que há espaço para diversas empresas, diante do tamanho da demanda por logística nos grandes centros urbanos. Seu foco está em pequenos e médios empreendimentos e em empregar pessoas que não eram entregadores anteriormente.
Também acredita que sua presença global trará experiências únicas à operação brasileira e vice-versa. “Somos uma companhia global enfrentando as dificuldades do delivery. Estamos chegando a novos mercados e adquirindo conhecimentos para o modelo que será o melhor em qualquer parte do mundo”, afirma Alexandrovski. “A competição enriquece nossa atuação. É o que acontece por aqui, com a Loggi, e na Indonésia, com a GoJek. Mesmo e talvez por causa dela, mantemos nossa meta de dobrar a cada ano”. 
A guerra do delivery, dentro e fora de terras brasileiras, está longe do fim.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Como ser inovador para os seus consumidores

Durante a NRF Retail’s Big Show 2019, a Forrester Research reforçou a necessidade de ficarmos atentos na hora que conversamos com os nossos clientes e alertou: “É preciso inovar a todo momento, e é extremamente importante continuar a coletar informações, mas de uma maneira que seja útil para as marcas e menos invasiva para os consumidores.”
Diante desse cenário, percebemos um mundo cada vez mais dinâmico e os clientes cada vez mais exigentes na busca de experiências únicas e inovadoras. As corporações precisam se reinventar o tempo todo para promover uma jornada totalmente personalizada para os seus clientes. Ainda segundo a consultoria Forrester Research, 40% das empresas já estão utilizando a análise de dados em atividades essenciais, como, por exemplo, vendas, desenvolvimento de produtos e marketing, sendo que 90% das empresas passaram a utilizar informações de negócios orientadas por pesquisas.
Já de acordo com o levantamento da Opinion Box, 53% dos consumidores brasileiros já se sentiram desrespeitados por empresas das quais compraram algum produto. Além do mais, 79% dos brasileiros deixaram de comprar determinada marca após serem mal atendidos, seja no mundo físico ou virtual. Grandes corporações estão percebendo a importância da transformação cultural do consumidor e de novas tecnologias que favoreçam a fidelização e engajamento do cliente.
Entender o consumidor é um dos grandes desafios, mas as ferramentas de analytics podem ajudar nessa tarefa, permitindo identificar as características que tornem o contato com o cliente ainda mais eficiente e inovador. Alcançar o novo consumidor será o principal motivo para a demanda de novas soluções. O cliente da geração Millennial costuma ser mais exigente e conectado. E com a geração Z, o questionamento tende a ser ainda maior.
Por isso, a principal meta na adoção das novas tecnologias inovadoras é a mudança de mindset, ou seja, que os líderes entendam a importância de investir nas novas tecnologias e os benefícios que elas trarão para o negócio, principalmente no futuro. E você? Já está inovando na interação com o seu cliente?
Braulio Lalau de Carvalho — CEO da Orbitall, empresa do Grupo Stefanini

terça-feira, 24 de setembro de 2019

7 desafios que as empresas enfrentam ao inovar


O surgimento de startups nos mais diversos setores mudou completamente as dinâmicas de negócios e, consequentemente, o cenário competitivo das organizações. Empresas fortes e consolidadas foram surpreendidas por players que mudaram completamente o conjunto de regras do mercado, conquistando, a passos largos, uma grande parcela desse público, além de um poder de escala impulsionado pela tecnologia.

Este novo cenário, altamente competitivo e dinâmico, fez com que a introdução à mudança passasse a ser cada vez mais valorizada e perseguida, como forma de se manter vivo no mercado. A busca incessante por uma vantagem competitiva tornou esse termo um dos mais relevantes da atualidade. Entretanto, grande parte das companhias enfrenta dificuldade quando tenta implementar inovação, principalmente aquelas com uma longa e tradicional história.

Cultura de inovação reúne os valores, as normas e atitudes que estimulam o pensamento não ortodoxo e, consequentemente, o desenvolvimento de inovações dentro da companhia. Como os processos de renovação ocorrem transversalmente, a cultura se refere a padrões e valores compartilhados entre todos os participantes do processo. Uma atitude inovativa positiva cria incentivos para os colaboradores e leva a um aumento na força inovadora. Uma mudança exige mais do que o comprometimento da alta gestão e, normalmente, ocorre primeiramente em nível de sistema, para que isso se torne competência da empresa, e evolua para atitudes dos colaboradores - até que se torne uma crença e valor da companhia.Veja quais são os sete principais desafios das companhias que querem se tornar mais inovadoras e se deparam com diversos obstáculos em torno da questão cultural que, de modo geral, já está enraizada em seus colaboradores:

Conhecer o consumidor e colocá-lo no centro das decisões


Empresas orientadas a clientes conseguem oferecer produtos e serviços que atendem suas necessidades de forma mais assertiva, gerando um vínculo mais forte. Pesquisas recorrentes com clientes ajudam a entender suas dores e necessidades, desenvolver empatia e tê-lo no centro de suas decisões. Esse entendimento é essencial, pois permite acompanhar e compreender verdadeiramente as mudanças na demanda, ao mesmo tempo que busca identificar tendências para projetar o futuro.
Tratar a inovação como um desafio de todos

Muitas organizações, com o intuito de serem mais inovadoras, criam uma área específica ou aumentam os investimentos para o desenvolvimento de novos produtos. Contudo, as mais inovadoras são aquelas que a tem no seu DNA e que consideram, portanto, que a inovação pode vir de qualquer pessoa da organização e não apenas de um grupo pré-determinado.

Ter um processo de inovação estruturado

Criar uma estrutura inovativa, orientada por um estratégia bem definida e objetivos claros, permite que todos tenham conhecimento do status do processo e os critérios necessários para que um projeto siga adiante. Quando a gestão não tem claro o caminho que pretende seguir ou não deixa evidente aos envolvidos, as pessoas não entendem as regras do jogo, não vêem propósito e o engajamento acaba sendo menor. Entender as temáticas de inovação que está olhando é fundamental para que as propostas dos colaboradores estejam na mesma direção.

Criar um ambiente interno propício para a criatividade

Oferecer um espaço físico aberto, agradável e visualmente estimulante é um bom início para favorecer uma visão inovadora, mas sozinho não é o suficiente. Para que um ambiente de trabalho seja inovador, é preciso que haja espaço para experimentar, brincar e para momentos de troca. A carga de trabalho também é um ponto de atenção. Colaboradores que são consumidos pelas atividades do dia a dia não tem tempo nem cabeça para se dedicar a pensar em ideias novas. Além disso, é preciso que hajam pessoas abertas para o diferente, pois é natural que ideias muito disruptivas acabem gerando resistência e, por isso, ter sponsors é importante para que as ideias não sejam rejeitadas antes mesmo de terem sido colocadas à prova.

Estimular a colaboração interna e externa

A colaboração é um item chave para que a inovação aconteça. A cooperação entre os setores é essencial, pois cada área tem sua expertise e um olhar único sobre um mesmo problema, e, por isso, quando existe troca, essas visões se complementam e um espaço para a criação de novas formas de pensar ou fazer alguma atividade é potencializado. A perspectiva de quem está do lado de fora da organização também pode ser valiosa, e com olhar menos enviesado, trazendo insights na reinvenção de uma indústria. Parcerias estratégicas entre startups e empresas já consolidadas têm sido cada vez mais frequentes, já que a complementaridade entre elas pode trazer resultados muito positivos para ambas as partes.

Aprender a lidar com o fracasso como parte do processo

A incerteza é inerente ao processo e, por isso, as que desejam incentivar iniciativas inovadoras precisam estar abertas para lidar com o fracasso de uma forma natural, principalmente quando se trata de uma disrupção. A cultura do erro e do aprendizado contínuo nem sempre é bem vista dentro das companhias, gerando medo ao risco, por isso é fundamental que se adotem medidas de incentivo ao erro. Além disso, as falhas que ocorrem ao longo do processo impactam diretamente no prazo, e, consequentemente, no investimento do mesmo. Muitas não se preparam para um investimento de longo prazo e acabam interrompendo um projeto antecipadamente, gerando resultados negativos para o processo e para a motivação dos envolvidos.

Incentivar a equipe a inovar

O estímulo à inovação deve ser constante e exige um comprometimento da alta gestão. Para que se sintam empoderados, colaboradores precisam se sentir apoiados por suas lideranças quando precisam assumir riscos ou se ausentar de suas atividades por estarem envolvidos em projetos. Além disso, programas de premiação ou tempo reservado para dedicação dos para colaboradores que propuseram uma ideia interessante também podem ser fatores de motivação.

Conhecer esses desafios e entender a cultura da organização que quer fazer a mudança é o primeiro passo para conseguir enfrentá-los. Essa transição para uma mudança de mindset requer consistência e persistência, pois, como ocorre em todo tipo de mudança, haverá resistência. Quanto maior o número de pessoas envolvidas nessa operação, mais difícil de conseguir o alinhamento ou o consenso de todos, por isso, é importante que a gestão tenha convicção do movimento e faça uma trabalho cuidadoso de gestão da mudança, para que todos os envolvidos se sintam respeitados e acolhidos dentro do processo.

Martina Basile é líder da área de Digital Design e Inovação na ilegra.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Como o recrutamento está mudando para encontrar profissionais inovadores

Confira a coluna semanal da Sofia Esteves, presidente do conselho do Grupo Cia. de Talentos

Você já percebeu como o tema propósito de vida vem ganhando cada vez mais notoriedade? Acreditar que um trabalho deve cumprir mais do que apenas retorno financeiro faz parte dos valores da nova geração de talentos.
Mas o que é propósito de vida, afinal?
Propósito de vida são talentos em movimento! E nessa busca os jovens compreendem a vida profissional como uma extensão do que são e do que desejam viver e expressar. Ou seja, para garantir a retenção de talentos na sua organização é necessário acompanhar essas mudanças de comportamento.
Se você deseja preencher uma vaga com um perfil engajado, criativo e inovador, a forma como você realiza o recrutamento também deve ser assim. Afinal, não é apenas a empresa que escolhe um talento, ele também tem que escolher investir na sua organização.
Pois é, aquela velha, e ultrapassada, crença de liderança do ”eu mando, você faz”, não tem mais sentido algum para a geração jovem atual. Os novos comportamentos exigem que as empresas sejam cada vez mais humanas e enxerguem o indivíduo de forma ampla, encaixando seus talentos e necessidades nos lugares certos.
Acompanhando essa tendência, novas jornadas de processos seletivos estão sendo apresentados ao mercado, com práticas que trazem a criatividade e o dinamismo como carro-chefe, onde a experiência do candidato é tão importante quanto o preenchimento da vaga.
Algumas das novidades são etapas da seleção que unem Game Based com algoritmos comportamentais baseados na Neurociência, que, de forma leve e divertida, garantem relatórios sólidos e detalhados com características pessoais que irão impactar diretamente o desempenho do candidato dentro da empresa.
Essas informações permitem aos gestores alocarem corretamente cada talento nas funções que serão melhores aproveitados e que se sentirão mais realizados. Todos saem ganhando.
O mais bacana é que o candidato é avaliado de forma tridimensional, e não apenas por seu currículo, aparência ou conduta em um determinado momento – e ele percebe esse cuidado, gerando engajamento com a empresa e estímulo para oferecer suas melhores capacidades desde o início.
Talentos são humanos, invista neles.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Mulheres que sonham e empreendem

Mais de 600 mulheres do Oeste catarinense e Noroeste gaúcho prestigiaram, no dia 23 último, o primeiro encontro do Programa Ação Mulher, em Sarandi-RS. Criado com o objetivo de desenvolver o empreendedorismo, educação financeira, comunicação e liderança, o Programa foi idealizado por meio do Comitê Mulher, formado por coordenadoras de núcleo, gerentes, diretora e colaboradoras da Sicredi Região da Produção RS/SC/MG.

Foto: Divulgação.

As participantes são associadas da cooperativa que apresentam engajamento e vontade de desbravar as amplas possibilidades que o empreendedorismo oferece, permitindo que a mulher se fortaleça, cresça e se destaque cada vez mais no mercado. Os temas abordados exploram aspectos que levam em conta desde a vida pessoal até como criar e gerir seu negócio de forma eficaz e que traga satisfação.

A diretora de operações, Catiane Menin, enfatiza que o sentimento é de gratidão e orgulho por receber um grande número de associadas no Programa Ação Mulher. "Esse é um projeto que foi pensado com muito carinho para todas, porque nós sabemos o quanto a mulher faz a diferença no dia a dia. É um momento histórico para a nossa cooperativa e nós estamos imensamente gratos, pois sabemos que cada uma traz algo de diferente dentro de si, seja um propósito de vida ou um sonho. Esse Programa veio para ajudar as mulheres a concretizarem esse desejo e contribuir com a comunidade".

Para o presidente da Sicredi Região da Produção RS/SC/MG, Saul João Rovadoscki, o Programa Ação Mulher formará mulheres empreendedoras, seja no negócio, em casa ou na cooperativa como promotoras do cooperativismo e, portanto, serão agentes de transformação na sociedade. Também afirma que a Sicredi quer formar novas lideranças para que haja cada vez mais mulheres como protagonistas atuando nos Conselhos da cooperativa.

"Estamos passando por um momento de muitas mudanças dentro da Sicredi e por isso é importante para nossa evolução, sem esquecer das nossas raízes, que surgiram há mais de 200 anos, mas que seguem como um princípio moderno de cooperação e ajuda mútua. Nesse sentido, acreditamos que a força das mulheres, somada ao desejo de cooperar, contribuirá muito para o desenvolvimento da sociedade", realça Rovadoscki.

A integrante do Comitê Mulher, Solange Oro, falou como porta-voz do grupo e explica que já é perceptível a intenção para a qual elas estão reunidas e destaca o sentimento de orgulho em fazer parte desta ação dentro da cooperativa. "O nosso convite às associadas foi focado na oportunidade, e elas aceitaram este desafio. Ouso dizer que esta será uma pequena revolução para desenvolver nossos potenciais e enxergar o empreendedorismo de uma outra forma".

O coach Marcos Schwingel foi o responsável pelas atividades deste primeiro encontro, no qual ele abordou o tema "Empreendedor de mim". Para incentivar a coletividade e interação, Schwingel convidou as mulheres para que juntas colorissem um banner com a imagem referente ao Programa Ação Mulher. Em outra dinâmica as participantes escreveram seus sonhos e o que esperam sobre suas vidas em um papel. Após concluírem, todos os papéis com os sonhos e metas das associadas foram guardados dentro de uma cápsula do tempo, que só será aberta ao final desta edição do Ação Mulher. Também foram entregues 60 atividades diárias as quais recomendou-se que as participantes cumprissem uma ao dia, no intuito de que se mantenham firmes e focadas nos propósitos, sejam quais forem.

Há mais de 10 anos atuando no ramo financeiro, a associada Maysa Moro buscou uma alternativa de trabalho que trouxesse algo além do dinheiro e fosse capaz de mudar a sua história. Neste propósito, há aproximadamente cinco meses ingressou na carreira como coaching financeira, que trabalha aspectos que vão desde o autoconhecimento, educação financeira, identificar qual o propósito de vida até a viabilização de um sonho. "Gostei muito do convite para participar do Programa Ação Mulher, pois ele vai ao encontro do meu trabalho e com o que eu quero proporcionar para as pessoas. Essa é uma oportunidade de crescimento profissional e pessoal. Minha expectativa é chegar ao fim do Programa me sentindo mais confiante e poderosa", realça.

As próximas etapas do Programa Ação Mulher ocorrem de 21 a 23 de agosto e a conclusão será em Sarandi-RS, em outubro.

Fonte https://portogente.com.br/noticias/transporte-logistica/107102-mulheres-que-sonham-e-empreendem

Conheça 7 projetos sociais inovadores de alunos da América Latina

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